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Acordos do 8 de Janeiro: 546 Réus Escapam da Prisão, 237 Rejeitam Proposta e Pegam Pena de 1 Ano

Pena para os que recusaram acordo inclui serviços comunitários, multas e restrições, mas não prisão; Supremo Tribunal Federal define os rumos dos réus do ataque golpista.

02/04/2025 às 08h14
Por: Redação Fonte: Cacoal NEWS
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Foto: Getty
Foto: Getty

Brasília, 30/03/2025 — Em uma reviravolta nas ações relacionadas aos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) revelou que 546 pessoas firmaram acordos com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para escapar da prisão. Esses acordos, conhecidos como ANPPs (Acordos de Não Persecução Penal), evitam a condenação criminal e impõem obrigações alternativas. Por outro lado, 237 réus que recusaram as propostas da PGR receberam pena de 1 ano de reclusão, substituída por medidas como serviços comunitários, multas e restrições nas redes sociais.

Pena Substituída por Medidas Alternativas

A pena de um ano imposta aos que rejeitaram os acordos não se traduz em prisão, mas sim em medidas como:

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  • Prestação de serviços comunitários;

  • Proibição de usar redes sociais;

  • Cursos sobre democracia elaborados pela PGR, com uma carga horária de 12 horas.

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Esses réus também terão que pagar multas que variam de R$ 5 mil a R$ 50 mil, além de uma indenização de R$ 5 milhões dividida entre todos os condenados pelos ataques. Além disso, os réus condenados não podem sair de seus locais de residência até o cumprimento total da pena e têm passaporte suspenso.

Diferentes Tratamentos para os Réus

Os 546 réus que aceitaram os acordos confessaram os crimes e, em troca, viram as ações penais suspensas — um benefício jurídico que só é revogado se houver descumprimento dos termos acordados. Já os 237 réus que não aceitaram as propostas enfrentam uma condenação criminal formal, com a marca de antecedentes criminais.

A grande diferença entre os dois grupos é que os que aceitaram os acordos não têm a condenação registrada em seus antecedentes criminais, enquanto os que rejeitaram terão isso como um fardo permanente.

Quem Aceitou e Quem Rejeitou os Acordos?

Os réus que aceitaram os ANPPs foram, em sua maioria, acusados de crimes mais leves, como incitação ao crime e participação em protestos pacíficos, enquanto aqueles que rejeitaram eram, em sua maioria, acusados de adesão mais direta aos atos golpistas.

Entre os que rejeitaram os acordos, destacam-se figuras que estavam envolvidas em ações mais agressivas contra os prédios públicos, como aqueles que depredaram as sedes dos Três Poderes.

A Dúvida Jurídica: O Que é Legalmente Possível?

A decisão de oferecer os ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPPs) foi considerada legalmente coerente para os réus que responderam por crimes com penas mínimas de até 4 anos e sem envolvimento direto em violência ou grave ameaça. No entanto, para crimes mais graves — como golpe de Estado ou tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito — o acordo é inviável.

Fernando Hideo, professor de Direito da Faculdade de São Bernardo do Campo, explicou que o ANPP é juridicamente adequado para incitação ao crime, que é um crime de menor gravidade, mas não se aplica a atos violentos como os de abolição do Estado de Direito.

A Posição do STF e dos Ministros

As decisões do STF para os réus envolvidos no 8 de janeiro têm sido acompanhadas pela maioria dos ministros, com destaque para Alexandre de Moraes, que tem sido relator de vários processos. Ele defende que, mesmo após os ataques de 8 de janeiro, os réus que participaram ativamente dos acampamentos golpistas continuaram a demonstrar adesão ao movimento antidemocrático.

Por outro lado, ministros indicados por Jair Bolsonaro, como André Mendonça e Kassio Nunes Marques, têm se manifestado favoráveis à absolvição de alguns réus, argumentando que suas condutas não justificariam as penas impostas.

Números do Processo de 8 de Janeiro

  • Total de réus nas ações penais: 1.604

  • Acordos firmados: 546

  • Réus condenados: 500

  • Réus condenados a 1 ano: 237

Conclusão

O processo jurídico do 8 de janeiro segue dividindo opiniões. De um lado, as ofertas de acordos para réus com penas menores têm como objetivo desafogar o sistema judiciário e evitar superlotação nas prisões. Do outro lado, a recusa de algumas pessoas em aceitar os acordos e a consequente imposição de penas alternativas busca enviar uma mensagem clara sobre a ilegalidade e anticidadania dos atos golpistas.

Tags: Palavras-chave: 8 de janeiro, STF, Acordo de Não Persecução Penal, PGR, réus condenados, prisão domiciliar, incitação ao crime, golpistas, serviços comunitários, multas, pena alternativa, Democracia, Estado de Direito, Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro, crimes leves, STF decisões, notícias políticas.

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