Operação deflagrada pela Polícia Civil de Cacoal confirma que Prefeito Usou Certificado Falso para Se Candidatar às Eleições de 2024

A Polícia Federal (PF) concluiu uma investigação chocante envolvendo o atual prefeito de Rolim de Moura (RO), Aldair Júlio Pereira, acusando-o de usar um certificado escolar falso para concorrer nas eleições de 2024. O documento, que deveria comprovar a conclusão do ensino médio do político, foi falsificado por uma organização criminosa especializada nesse tipo de fraude, que já vinha sendo investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Rondônia.

De acordo com a PF, o prefeito Aldair Júlio, do União Brasil, apresentou o certificado falsificado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para garantir sua candidatura à reeleição. A falsificação foi descoberta através de uma investigação detalhada, que revelou o envolvimento de uma rede de criminosos atuando nas redes sociais.

A denúncia, que foi inicialmente feita pela Cúpula do Partido Liberal (PL) durante as eleições de 2024, levou a uma análise detalhada do documento fraudulento. O certificado, supostamente emitido pelo Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA), de Cacoal (RO), foi desmentido pela própria instituição, que negou a autenticidade do registro e a assinatura da diretora envolvida.

Inconsistências adicionais foram descobertas: enquanto o certificado falsificado apontava a conclusão do ensino médio em 2006, em sua candidatura anterior, em 2021, Aldair Júlio havia declarado ter apenas ensino fundamental completo. As investigações revelaram ainda que o prefeito poderia estar vinculado a uma organização criminosa que falsificava documentos de escolas para que candidatos a cargos públicos pudessem enganar as autoridades eleitorais.

A descoberta de um pen drive contendo modelos falsificados de diplomas e certificados durante as investigações da Operação Loki mostrou como a rede de falsificação agia de maneira sofisticada, com documentos falsificados sendo usados até mesmo para ocupar cargos públicos.

O processo já foi encaminhado para a Justiça Eleitoral, que deverá decidir sobre as implicações eleitorais para Aldair Júlio, enquanto as investigações continuam a apurar as ramificações dessa rede criminosa de falsificação de documentos. A defesa do prefeito não se pronunciou até o momento.

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