Uma menina de apenas 10 anos, identificada como Isabella Sophia Araújo Damazio, morreu na última segunda-feira (16) após meses de internação no Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho, capital de Rondônia. A tragédia gerou revolta: a família acusa a Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (Sesau) de negligência grave, alegando que um medicamento essencial foi suspenso, mesmo com decisão judicial determinando o fornecimento.
Segundo Ireuma Silva, mãe da vítima, o medicamento Diazóxido, crucial para o tratamento da criança, deixou de ser fornecido desde novembro de 2024. Isabella, que dependia do remédio de forma contínua, passou quatro meses sem acesso ao tratamento, o que agravou seu estado de saúde até sua morte.
O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) confirmou a existência da ordem judicial e já solicitou à Polícia Civil a abertura de inquérito, tratando o caso como possível homicídio qualificado. O MP investiga se houve omissão intencional ou falha administrativa que resultou na morte da criança.
O que diz a Sesau
Em nota oficial, a Sesau alegou que o medicamento é de uso restrito e manipulado, sendo entregue somente com respaldo jurídico. A pasta informou que o fornecimento estava sendo feito por meio de contratos emergenciais, porém duas empresas responsáveis deixaram de cumprir exigências contratuais, interrompendo o processo.
A secretaria declarou ainda que lançou novo edital para credenciar fornecedores, mas nenhuma empresa demonstrou interesse até o momento. Sobre o caso de Isabella, a Sesau afirmou que a criança foi internada após a mãe relatar a falta do medicamento e que recebeu cuidados médicos durante todo o período.
Por fim, a Sesau lamentou a morte da menina e afirmou estar à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Tags: Cacoal notícias, Porto Velho tragédia, morte menina 10 anos, Sesau Rondônia negligência, Hospital Infantil Cosme e Damião, medicamento Diazóxido Rondônia, Ministério Público homicídio qualificado, negligência médica Rondônia, justiça Rondônia, caso Isabella Damazio, saúde pública Rondônia, denúncia Sesau Rondônia.
Mín. 18° Máx. 33°