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Rondônia/Roraima – O empresário rondoniense Bruno Mendes de Jesus, preso em flagrante com 103 quilos de ouro avaliados em mais de R$ 61 milhões, teve seu pedido de liberdade negado pela terceira vez pela Justiça brasileira. A decisão mais recente foi publicada nesta segunda-feira, 18 de agosto de 2025, no Diário Oficial da União.
Bruno Mendes continua detido na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, o maior presídio de Roraima, conhecido por seu histórico de violência e superlotação. O caso ganhou notoriedade nacional por se tratar da maior apreensão de ouro já registrada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em todo o país.
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A abordagem ocorreu quando o empresário dirigia uma Hilux 2024, acompanhado da esposa, a influenciadora digital Suzy Alencar, e do filho de apenas 9 meses. O veículo foi parado na BR-401, nas proximidades da ponte dos Macuxis, em Boa Vista (RR). Segundo os agentes, a documentação apresentada apresentava irregularidades, o que levou a uma inspeção mais minuciosa. As barras de ouro estavam escondidas em compartimentos secretos do carro, como no painel e em áreas ocultas do veículo.
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Desde então, a defesa de Bruno vem tentando sua liberação. O primeiro habeas corpus foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Em seguida, os advogados recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando que Bruno era o provedor da família, que a esposa estava desempregada e que ele estaria em risco por dividir cela com criminosos perigosos.
No entanto, o ministro Herman Benjamin, do STJ, considerou que o processo ainda estava em análise pelo TRF1 e que não havia justificativa excepcional para uma intervenção imediata. O argumento de que Bruno ficou em silêncio sobre a origem e o destino do ouro também foi rebatido pela Justiça.
A terceira negativa veio do desembargador federal Marcus Vinicius Reis Bastos, que reforçou a necessidade da prisão preventiva para evitar novos crimes e garantir a integridade da investigação. O magistrado destacou que o caso vai além do transporte irregular: envolve possível conexão com organizações criminosas e movimentação milionária suspeita, o que exige rigor da Justiça.
Em nota, a defesa afirma que Bruno é um “trabalhador do setor mineral” e que atua, como milhares de brasileiros, em áreas com "tensão regulatória", dependendo dessa atividade para sustento. Ainda assim, a magnitude do caso e os indícios levantados mantêm o empresário atrás das grades, sem previsão de liberdade.
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