Maria Alaíde Ferreira, uma paraibana que havia feito de Jaru sua casa desde a década de 70, morreu aos 76 anos no Hospital Regional de Vilhena, 11 dias após um grave acidente de trânsito. A família alega que houve negligência médica durante o atendimento inicial, o que pode ter contribuído para sua morte.
No dia 29 de setembro, Alaíde e seu filho, Manoel Ataíde da Silva Filho, estavam viajando em uma caminhonete por uma estrada rural na região de Vilhena quando se depararam com uma moto em uma curva. Para evitar a colisão, o veículo tombou, deixando ambos feridos e necessitando de assistência médica.
Após o acidente, foram socorridos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a médica, após um Raio-X, diagnosticou apenas uma luxação. A idosa deixou o hospital com uma receita de analgésicos e orientações mínimas, enquanto suas queixas de dores foram ignoradas. “Ela foi mandada para casa, mas não estava bem”, desabafa o filho.
Nos dias seguintes, a condição de Alaíde se deteriorou. No dia 2 de outubro, ela começou a apresentar sinais de ância de vômito e falta de apetite, levando a família a buscar novamente atendimento médico. Ao retornarem ao Hospital Regional de Vilhena, os familiares alegam que houve negligência no atendimento, pois mesmo em estado grave, a equipe não prestou a assistência necessária e redirecionou-a para a UPA.
Desesperados, os familiares finalmente levaram Alaíde para o Hospital Bom Jesus, onde os profissionais a atenderam rapidamente e descobriram que a idosa tinha dois braços fraturados, informação que havia sido negligenciada anteriormente.
Infelizmente, a batalha pela vida de Alaíde terminou na UTI após sofrer duas paradas cardíacas. Ela permaneceu internada até falecer no dia 10 de outubro. O atestado de óbito apontou insuficiência respiratória e outras complicações de saúde.
Indignados com a situação, os familiares registraram uma ocorrência de Omissão de Socorro contra o Hospital Regional de Vilhena, dando início a uma investigação policial. Este caso chocante traz à tona preocupações sobre a qualidade do atendimento médico na região de Rondônia.
Maria Alaíde Ferreira, que até os últimos anos morou com seu filho em Porto Velho, deixa um legado de luta e a determinação da família em buscar justiça. O próximo passo será esperar a resposta das autoridades e as versões do Hospital Regional e da Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena sobre este triste episódio.
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