Ji-Paraná, RO – Em uma decisão que tem gerado controvérsias, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, optou por não aderir ao novo seguro SPVAT, que substituiria o extinto DPVAT. Essa escolha significa que os acidentados de trânsito no estado ficarão sem o amparo financeiro oferecido pelo seguro, mesmo diante dos alarmantes índices de acidentes de trânsito registrados em 2023, com 18.165 sinistros e 418 vítimas fatais.
O seguro DPVAT é crucial para fornecer recursos às vítimas de acidentes. De acordo com as regras, quem sofre fraturas ou lesões graves pode solicitar cobertura para despesas médicas, e, em casos de invalidez permanente, pode requerer uma indenização. A nova versão do seguro, avaliada em aproximadamente R$ 60, foi proposta pelo Governo Federal, mas não encontrou apoio entre os governadores de direita, incluindo o de Rondônia.
Marcos Rocha se uniu a governadores de estados como Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo na rejeição à implementação do SPVAT. O diretor-geral do DETRAN/RO, Sandro Rocha, afirmou: "Em Rondônia não acontecerá qualquer cobrança em relação a esse seguro, isso é um compromisso do governador com a população rondoniense."
Durante uma sessão plenária realizada em 29 de outubro, deputados estaduais celebraram a decisão do governador, que atendeu a um movimento de oposição ao novo tributo. Vale lembrar que o DPVAT não é cobrado desde 2020, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu acabar com ele, uma medida que gerou críticas pela falta de suporte financeiro aos motoristas mais vulneráveis.
A recusa do governo em implementar o novo seguro representa uma renúncia a uma receita significativa que poderia ser destinada aos cofres do estado. Contudo, essa ação também reflete uma estratégia para conquistar a empatia da população, mostrando-se sensível às suas demandas. Sem o seguro, muitos acidentados em Rondônia acabarão dependendo do sistema público de saúde, o que representa um custo adicional ao estado.
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